O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é consequência de um desenvolvimento neural diferente do padrão, numa parte do cérebro que é responsável, principalmente, pela comunicação do indivíduo.
Estudos sugerem que entre 5% e 7% das crianças do mundo inteiro, estão nascendo na condição de autistas, porém, como o autismo não é tão simples de se diagnosticar e os custos para isso, inviabilizam uma análise da maior parte da população mundial, é provável (para não dizer é certo) que esse percentual seja consideravelmente maior.
O autismo é uma condição em que o indivíduo nasce e permanece por toda a sua vida.
Não é passível de cura, portanto, não é uma doença.
Denomina-se “espectro” autista, pelo fato de existirem diferentes graus de severidade, necessitando a pessoa de mais ou menos suporte para as atividades diárias.
Leia nossa publicação sobre os Graus do Espectro Autista.
Apesar de não se saber ao certo a causa do autismo, a comunidade científica já identificou que são alterações genéticas causadas pela interação entre o indivíduo e o ambiente, e que essas alterações podem ser transmitidas hereditariamente.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) (The American Psychiatric Association, APA, Filadélfia, PA, EUA, 2013), os indivíduos na condição de autistas, são caracterizados por déficits persistentes na comunicação, interação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e/ou atividades.
No autista, a comunicação/socialização é a parte mais afetada, trazendo grandes consequências em sua vida cotidiana. A criança pode demorar a falar ou nunca chegar a falar.
Pode também, demorar a andar, bem como, demorar a adquirir destreza para manusear objetos com certa habilidade. Leia nossa publicação sobre os Sintomas do Autismo.
Mas tudo isso pode ser um reflexo do desinteresse de sair da sua “bolha”, do seu “mundo interior”.
Essa “bolha”, é ilustrada por Donna Williams (1963 – 2017), escritora australiana e autista, conhecida por seus livros sobre suas experiências pessoais como autista, que separou o “my world” (meu mundo) e “the world” (o mundo).
O autista, enxerga a vida com padrões diferentes dos estabelecidos pela sociedade, e a consequência disso é a não aceitação deles, pela sociedade tida como “normal”.
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